quarta-feira, 27 de maio de 2009
Sabor de saudade!!!
As flores hoje se abriram tristes, sufocadas pela secura do ar, da saudade da brisa do mar, do suave roçar das curvas do vento em meus cabelos. O sol queima meu rosto e minha testa agora tem rugas, que não são de tempo... e sim... de inquietações.
O papel laminado vai se desfazendo em meus dedos, sinto um gosto amargo de um doce falso, que me empreguina o alfato e enfada o paladar.
Embrulho o passado em presente para abrir no futuro, vou tecendo em papéis brancos, o colorido de uma poesia que ainda não li, mas que de certa forma já conheço bem os versos.
Como um religioso enclausurado, observo através das janelas de minh'alma, enquanto o correio pega a encomenda em minha porta encaminhando então minha triste correspondência ao seu destino...
Continuo escrevendo longas cartas, coloco em garrafas, mas não tem mar por perto para jogar.
Coleciono estranhezas e mando com sorrisos e lágrimas de presente.
Parece que o que sinto hoje é um misto de medo e saudade de um futuro que ainda não veio, mas que sinto saber cada acontecimento e anseio por eles com um penar como se já o tivesse vivido...
Há poesia nos livros que fechei, onde guardei embalagens de bombons com mensagens de saudade, agora eles carregam o peso da poeira de minhas lembranças, deste futuro que ainda não vivi, mas de que sinto falta...
Hoje me desloco em tempo e espaço, estou... mas não sei onde... nem quando!!!
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